sexta-feira, 8 de abril de 2011

Ocasionismo

José Sarney disse que o Brasil precisa repensar a venda de armas. Após um desastre sempre aparece alguém com uma solução fácil, nesse caso foi o pouco experiente presidente do senado.

O referendo de 2005 já consultou a população, mas quem disse que Sarney gosta de democracia? A democracia só é boa para alguns, quando lhes é favorável. 

A pergunta que fica é a seguinte: Por acaso o psicopata comprou a arma legalmente e tinha permissão para utiliza-la? Não. Sendo assim, a tragédia teria acontecido da mesma forma.


Um comentário:

  1. Não exatamente. As armas não foram compradas legalmente por ele, mas uma delas foi roubada de um sítio cujo dono tinha autorização legal para tê-la. A outra não possui origem definida, já que a numeração foi raspada, mas é grande a probabilidade de que também tenha passado (brevemente) pelas mãos de um comprador legal.
    A conclusão óbvia é que a possibilidade legal de comprar uma arma favoreceu, pelo menos em parte, o sucesso dessa tragédia, pois se - ao menos em um dos casos - não tivesse havido alguém disposto a comprar legalmente a arma, ela não teria chagado a circular no mercado negro.
    Não desejo levantar polêmica, só deixar as coisas mais claras, mas não resisto a relembrar: o princípio básico de uma arma é SEMPRE ferir e matar. A despeito da justificativa de autodefesa, devemos sempre opor de um lado a quantidade de benefícios que obteremos do fato de possuirmos uma arma e, de outra, o tipo de consequências que isso pode trazer para nós e para os que nos rodeiam.E vale lembrar, o medo nunca é um bom conselheiro.

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