Quando entrar em discussão a reforma política vamos nos deparar novamente com a idéia do financiamento público de campanha. A idéia para muitos é pouco atraente, imagine o Tiririca gastando dinheiro público com aquelas palhaçadas na campanha?!
Mas essa discussão deve ser vista de outra forma. O financiamento público de campanha já existe, alguém duvida? Seguem alguns exemplos:
- Paulo Preto na campanha de José Serra.
- Panfletos da CUT em apoio a Dilma.
- Caso Celso Daniel, arrecadação para campanha de 2002 de Lula.
- Contratos da Leão & Leão na adminstração de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto.
- Marcos Valério financiando tanto o PSBD de Minas Gerias quanto o PT nacional.
Todos esses são casos em que um agente privado repassa dinheiro público as campanhas, logo já existe o financiamento público de forma indireta. Não podemos esquecer dos milhões "investidos ou devolvidos" pelas construtoras (ex: Camargo Correa).
Utilizar o financiamento público seria uma forma de formalizar algo que já ocorre, porém com a vantagem de dificultar gastos exorbitantes em campanhas e aumentar a transparência. Ao tornar claro que o dinheiro usado em campanha é público, a chance de aparecer novos palhaços poderia diminuir, pois nos eleitores sentiríamos no bolso toda a palhaçada.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Um voto sem validade
Votar em senadores é muito complicado. São vários os fatores que devem ser analisados ao emitir seu voto, cabe destacar:
1) Quem são seus suplentes?
2) Existe a possibilidade do candidato se tornar ministro ou candidato nas próximas eleições?
Falo isso pois não é de hoje que um candidato vence e logo depois assume um cargo no Planalto, deixando seus eleitores a ver navios. Na eleição em Minas, o candidato a senador do PT, Fernando Pimentel, é considerado nome certo no governo Dilma, felizmente foi derrotado. Em São Paulo a senadora eleita Marta Suplicy já pensa em assumir o ministério da Educação. Alguém sabe quem é seu suplente?
Caso Serra fosse eleito, seria Aécio convidado a algum cargo? Esse é um problema estrutural do nosso sistema eleitoral, cabe aos novos ( e os velhos também) parlamentares discutirem a Reforma Política para acabar com tal falta de respeito ao cidadão.
Acabar com os suplentes poderia ser uma solução. Algum partido estaria disposto a perder uma cadeira no Senado por 8 anos?? Acredito que não.
1) Quem são seus suplentes?
2) Existe a possibilidade do candidato se tornar ministro ou candidato nas próximas eleições?
Falo isso pois não é de hoje que um candidato vence e logo depois assume um cargo no Planalto, deixando seus eleitores a ver navios. Na eleição em Minas, o candidato a senador do PT, Fernando Pimentel, é considerado nome certo no governo Dilma, felizmente foi derrotado. Em São Paulo a senadora eleita Marta Suplicy já pensa em assumir o ministério da Educação. Alguém sabe quem é seu suplente?
Caso Serra fosse eleito, seria Aécio convidado a algum cargo? Esse é um problema estrutural do nosso sistema eleitoral, cabe aos novos ( e os velhos também) parlamentares discutirem a Reforma Política para acabar com tal falta de respeito ao cidadão.
Acabar com os suplentes poderia ser uma solução. Algum partido estaria disposto a perder uma cadeira no Senado por 8 anos?? Acredito que não.
domingo, 7 de novembro de 2010
O poder do marqueteiro
As campanhas eleitorais hoje tem como elemento mais importante o marqueteiro. Quem não se lembra quando Lula venceu a eleição e o Duda foi considerado o grande responsável. Na campanha de ambos os candidatos a presidência observamos que as propostas não se baseiam mais em posições políticas ou ideologias.
Por exemplo, as propostas de salário mínimo a R$ 600,00 e décimo terceiro do bolsa família mais me parecem ter sido propostas pelo(s) marqueteiro(s) do candidato Serra. Fora isso não podemos esquecer dos 10% aos aposentados.
São todos números redondos, próprios pra uma boa campanha publicitária. O lado bom dessa história é que não fizeram efeito. Essas propostas tiveram a intenção de angariar os votos do Nordeste, mas os números indicaram que Dilma teve votação semelhante a de Lula na reeleição.
Os candidatos devem ter cuidado com os "gurus" da publicidade, os eleitores parecem menos ingênuos que antigamente, já sabem avaliar o que é possível ser feito e o que é lorota. Já se foi o tempo em que se ganhava a eleição apenas com propostas ao vento, hoje é necessário muito mais que isso.
Por exemplo, as propostas de salário mínimo a R$ 600,00 e décimo terceiro do bolsa família mais me parecem ter sido propostas pelo(s) marqueteiro(s) do candidato Serra. Fora isso não podemos esquecer dos 10% aos aposentados.
São todos números redondos, próprios pra uma boa campanha publicitária. O lado bom dessa história é que não fizeram efeito. Essas propostas tiveram a intenção de angariar os votos do Nordeste, mas os números indicaram que Dilma teve votação semelhante a de Lula na reeleição.
Os candidatos devem ter cuidado com os "gurus" da publicidade, os eleitores parecem menos ingênuos que antigamente, já sabem avaliar o que é possível ser feito e o que é lorota. Já se foi o tempo em que se ganhava a eleição apenas com propostas ao vento, hoje é necessário muito mais que isso.
sábado, 6 de novembro de 2010
Os números da eleição.
Assisti ao Roda Viva com José Dirceu. Em um momento da entrevista ele fala da vitória "esmagadora" de Dilma, com 12 milhões de eleitores a mais do que Serra. Vamos aos números retirados do TSE:
Eleitorado: 135.804.433
Apurado: 135.803.366 (99,99%)
Abstenção: 29.197.152 (21,50%)
Comparecimento: 106.606.214 (78,50%)
Votos: 106.606.214
Brancos: 2.452.597 (2,30%)
Nulos: 4.689.428 (4,40%)
Válidos: 99.463.917 (93,30%)
DILMA 55.752.529 (56,05%)
SERRA 43.711.388 (43,95%)
É possível olhar os números da seguinte forma:
Em relação ao eleitorado, cada candidato teve a seguinte participação:
Dilma - 41,1%
Serra - 32,2%
Quantos votos seriam necessários para mudar a eleição?
A diferença entre os candidatos foi de 12.041.141 milhões de votos, sendo assim Serra precisaria de 6.020.571 votos de Dilma para vencer a eleição. Para comparação, segundo estimativa de 2009 do IBGE, seria aproximadamente a população de Góias ou Santa Catarina.
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